Pessoas e pessoas...
Existem duas situações que podem levar uma pessoa ao fundo do poço. Cito-as, porém, sem colocá-las em ordem de importância. Afinal, o que é relevante para alguns, pode não ter o mesmo peso para outros. A morte de uma pessoa querida, por exemplo, representa para muitos a situação mais impactante que poderia ser vivenciada e com potencial para desconstruir planos, esperanças e, especialmente, a felicidade.
Outro acontecimento que pode conduzir um ser humano à derrocada atende pelo nome de perda financeira, de maior ou menor monta. O indivíduo sofre um baque nos negócios e sua existência torna-se uma tragédia colossal em função da derrapada no padrão de vida. Este é capaz de, num ato tresloucado, cometer o suicídio.
As pessoas que se abalam fortemente com a perda de um ente querido são absolutamente diferentes daquelas que vão a nocaute com o tranco no bolso. Em nada podem ser comparadas. Água e vinho. O primeiro grupo tem sua vida fermentada nos sentimentos. A segunda patota tem como motivo de vida o dinheiro, a conta bancária e a acumulação patrimonial. Estes últimos são, em regra, mesquinhos e sovinas. Desesperam-se pelo dinheiro perdido e choram lágrimas econômicas diante da morte de seus queridos. Conheço muitos...
Pessoas e pessoas... alguns choram diante de uma sepultura, outros transformam-se em carpideiras sofridas diante da mesa de um gerente de banco.
Mas todos choram. Mesmo que por motivos diferentes.
19/01/2021

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